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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Instrutores, professores e mestres precisam se mobilizar para impedir que destruam as artes marciais

Marcus Rezende

Foto: Onofre Agostini, relator do projeto que  fará CREFs, Federações e Confederações mais ricos                                                                                                                                                                           
                                                                              

Ao que  parece, para o Conselho Federal de Educação Física e respectivos Conselhos Regionais pouco importa se as artes marciais no Brasil vão morrer com a aprovação do Projeto de Lei 7890/2010 que já tramitou e foi aprovado na Comissão de Turismo e Desporto e agora espera aprovação na Comissão de Trabalho. Importa, sim, obrigar aos que quiserem ensinar artes marciais a pagarem anuidade e mensalidade a tais Conselhos.
O deputado Federal Onofre Agostini é o relator do projeto draconiano que, se aprovado nesta outra Comissão, vai entregar as artes marciais brasileiras aos homens que comandam os CREFs, Federações Estaduais e Confederações de artes marciais. Será uma maná para poucos.
A coisa está muito bem arranjada para que os dirigentes das lutas marciais acabem apoiando este absurdo. Isso porque a eles será dado o poder de certificar os faixas-pretas que vão ensinar e ainda vão poder examinar os alunos de todos os mestres do estado que presidem. É ou não um prêmio de loteria? 
Tais entidades desportivas terão uma força desproporcional. A coisa é tão sem sentido, que pelo relatório de Onofre, até a figura da associação deixa de fazer diferença. Só vai servir mesmo para manter no poder os reforçados presidentes das entidades desportivas.
Vamos aos absurdos do projeto que os professores de artes marciais vão ter que engolir, se não se mobilizarem rapidamente para impedir que ele seja aprovado nesta Comissão. É preciso união para levar o projeto monstro ao plenário da Câmara e não deixá-lo ser votado por poucos parlamentares. 
Então vamos lá:
Art. 4º - Trata do sujeito que será faixa-preta. Ele o será por meio de certificação de federação ou confederação. Ou seja, ninguém chega mais a faixa-preta pela escola que treinou, mas sim por mãos de dirigentes.
Art 5º – Por este artigo, vai acontecer o enriquecimento de alguns. Para ser instrutor, professor ou mestre para poder ensinar o que aprendeu terá de receber da federação ou confederação a permissão. Associação não vale; foi retirada do texto. Essa federação precisa estar filiada à Confederação (que eles chamam de oficial). Não pode ser qualquer uma. Tem que ser aquela entidade que, provavelmente, esteja apoiando a aprovação deste projeto de malucos. Neste artigo, a caixinha de maldades continua: o pobre do instrutor, professor ou mestre em artes marciais terá de apresentar qualificação acadêmia em Educação Física.
Aí, depois que ele se formar, será jogado aos leões famintos das entidades de administração: federações e confederações. Será sabatinado por banca examinadora, formada por mestres com notável reconhecimento. O dirigente Presidente é quem provavelmente vai escolher aqueles que vão levar os honorários de exames de faixa etc, pois a lei desportiva anacrônica facilita a perpetuação destes presidentes dentro das entidades E os Conselhos, ao que parece, assim o querem.
Não adianta o grande mestre de artes marciais achar que pode dar um seminário sobre a modalidade. Isso também será considerado exercício ilegal da profissão se ele não tiver nas condições expostas acima.
O art 6º é pra reforçar. Só pode ensinar quem se enquadrar no que já está escrito acima.
O art 7º é o floreamento do texto escrito por quem não sabe o que é suar o quimono para aprender uma técnica refinada de uma arte marcial. Aí, ele faz retórica de como o ensinamento da modalidade deve ser realizado. Sabe aquele papo de: ministrar...organizar...planejar...? Eles vão permitir que se realizem em praças públicas seminários, simpósios e demonstrações. Afinal de contas é preciso propaganda para que os abençoados tenham alunos.
Mas o art.8º só permite o ensino da arte marcial em ambientes fechados e com equipamentos apropriados. Os capoeiristas vão adorar não poder mais realizar suas aulas ao ar livre.
O art. 9º fala dos requisitos para o funcionamento do local de treinamento. Na verdade é uma intimidação aos proprietários de academias: Está escrito que o ensino fica a cargo de profissional habilitado na forma da lei e PORTADOR DE CERTIFICADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA. Ou, ou...olha só a brincadeirinha para, quem sabe, ganhar o dinheirinho daqueles que notadamente não irão fazer curso superior. Ele será reconhecido como PROVISIONADO. Que palavra bonita. Tem mestre de taekwondo que adora receber este título. É como se dissessem assim: “Tudo bem, cara...Já que você não tem como fazer curso superior, faça o seguinte...vamos te dar um cursinho de dois anos e aí você sai com o título de provisionado e pode dar aula. Mas não se esqueça de beijar a mão do seu presidente, hein; senão a gente te exclui”.

O art 10º é aquele que joga a culpa de tudo no instrutor, professor ou mestre. Mesmo certificado e registrado nas entidades, se errar, que se vire com a Justiça. 

Veja a íntegra de toda esta celeuma, mas se detenha a partir da página 9, no relatório de Onofre Agostini

Veja aqui

  Se você leitor, conhece algum deputado federal, faça contato com ele para que impeça a aprovação deste absurdo que as artes marciais no Brasil não merecem passar.

10ª edição do Meeting de Taekwondo do Rio de Janeiro: SUCESSO

Marcus Rezende

   A 10ª edição do Meeting de Taekwondo do Rio de Janeiro, realizado na Associação atlética do Banco do Brasil (AABB-Lagoa), neste domingo, dia 28, organizado pelo mestre Evandro Cesar Cordeiro, foi um sucesso. A competição primou pela organização e pela competência do grupo de arbitragem comandada por Fernando Uchoa.
Apesar de o término do evento ter saído um pouco do horário previsto, o clima estava tão bom, que isso não incomodou, pois as lutas seguiam de forma muito dinâmica. 
Na oportunidade, Evandro fez questão de fazer algo que dificilmente se vê em outras competições Brasil afora. A cada mestre presente ao evento e detectado pelo organizador, ele chamava à frente da mesa de controle, tecia palavras elogiosas a ele e o presenteava com um troféu de Personalidade do Taekwondo.
  Alguns dos mestres e grão-mestres presentes ao Meeting: Em pé da esquerda para direita: Renato Ribeiro, Antônio Oliveira, Reinaldo Evangelista (Pelé), eu, Hernandes Marques, Ricardo Andrade, Edilberto Moraes. Sentados: João Henrique e Yong Min Kim

Invejável também a forma com que trabalharam em prol do sucesso do Meeting os alunos mais antigos de Evandro e campeões pan-americanos de poomsae Manoela Pontual e Márcio Losada.
   O evento contou também com a presença do ex-presidente da CBTKD, grão-mestre Yong Min Kim.

Ponto negativo: ficou por conta da Federação de Taekwondo do Rio de Janeiro, que, mesmo ciente da data do evento com um ano de antecedência, marcou a 5ª Etapa do Estadual para o mesmo dia. É lamentável que uma entidade atue de forma a afastar seus praticantes acreditando que as academias e associações não possam ter vida própria sem ela.

sábado, 27 de setembro de 2014

Conhecendo melhor nossos dirigentes e onde eles querem chegar

Marcus Rezende


Semana passada o mestre Jair Queiroz, de Londrina (PR) contactou-me pedindo que publicasse no blog uma retratação dele ao Presidente da Federação Paranaense,  técnico da Seleção Brasileira de Taekwondo e hoje candidato a Deputado Estadual pelo estado do Paraná, Fernando Madureira.

Tratava-se de um artigo que Jair publicara em 2012 no site Taekwondonews de nome: “SIM, TÔ FELIZ”. Jair, baseando-se no que havia sido noticiado pela imprensa e em nota oficial da CBTKD (de que Madureira havia sido demitido como técnico da Seleção Brasileira) escreveu que o técnico estava recebendo sem trabalhar. Como o fato não ocorrera na esfera administrativa, Madureira ingressou com uma ação civil contra o mestre paranaense e o Juiz da 6ª Vara Civil de Londrina, Abelar Baptista, entendeu que Jair tinha de se retratar publicamente. Além desse ponto, pediu retratação sobre o que escreveu em relação ao campeonato Brazil Open de Taekwondo, organizado ano a ano por Madureira. Jair disse que Madureira estava se beneficiando da influência do Presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo e descumprindo regras do ranking nacional.
De minha parte, achei um enorme exagero do atual candidato a deputado. Isso porque homens públicos precisam estar preparados para questionamentos, mesmo que, às vezes, tenham certa dose de imprecisão. E no caso em tela, não consigo enxergar um dano moral tão grave para mover a máquina judiciária do estado do Paraná. Mas enfim, cada um sabe onde o calo aperta.
Entretanto, em meio a este imbróglio das partes, o advogado de Madureira solicitou (e o juiz acatou) que Jair providenciasse a retirada do texto do ar e que fizesse a retratação em algumas mídias, entre elas o meu blog. Mas por que o meu blog se eu não publiquei nada? Isso é honesto? Pergunto ao senhor Fernando Madureira, que quer assumir cargo de deputado estadual. Não seria mais correto dizer ao magistrado que o meu blog nada tem a ver com o caso?
No primeiro momento, enviei resposta a Jair dizendo que não publicaria. Mas pensei melhor, e em respeito ao leitor do meu blog, vou publicar a sentença e a retratação, para que democraticamente façam juízo do caso.

SENTENÇA

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Monstro pode destruir as artes marciais no Brasil

Marcus Rezende


Quando achávamos que estávamos livres dos CREFs e dos dirigentes taekwonsditas puxa-sacos de plantão, que lutam para entregar o taekwondo aos Conselhos Regionais de Educação Física, eis que surge uma nova proposta na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados para substituir uma outra ideia mal pensada, de 2008, do Deputado Marcelo Itagiba. Um verdadeiro monstro que pode destruir as artes marciais no Brasil.
Em Agosto do ano passado, o deputado Onofre Santo Agostini, (PSD-SC), conseguiu aprovar nesta Comissão uma proposta com novas regras para o ensino das artes marciais no Brasil. É um substitutivo ao Projeto de Lei 2.889/08, do Deputado carioca, apensado a mais seis propostas do mesmo teor, dos deputados Chico Alencar, Luciana Genro, Rogério Peninha Mendonça, Walter Feldman, Acelino Popó e Roberto Santiago.
De forma resumida, a ideia de Itagiba, de 2008, é a de criação de um Conselho Federal e de Conselhos Regionais de Artes Marciais, apoiados pelas entidades de administração de cada arte marcial. O deputado Onofre pegou o Projeto e as propostas dos outros deputados e o piorou. 
 Ou seja, de forma bem chula, ao professor de artes marciais restará o velho: OU DÁ ou DESCE! Ou você se registra aos Conselhos, às entidades de administração, faz curso de educação física ou então não vai poder ensinar artes marciais. Não importa o quanto treinou e domina as técnicas. Só vai poder repassar o que sabe, se seguir as regras, as quais, sob a alegação de protegerem à sociedade de maus professores de artes marciais, no fundo visam garantir o controle destes profissionais e, logicamente, auferir uma boa grana em cima do trabalho deles.
Para piorar, estes deputados – os quais provavelmente nunca praticaram artes marciais, exceto o Popó que foi o nosso grande campeão de boxe – querem que os conselhos deem carta branca às entidades de administração. Ou seja, todo o poder aos Presidentes.
Pra se ter uma ideia da ameaça que paira sobre a cabeça dos professores e mestres, pela proposta de Chico Alencar e Luciana Genro, as associações ou federações é que vão dizer se o faixa-preta está apto ou não a ensinar. Se o Chico conhecesse, por exemplo, a estrutura das federações de taekwondo do Brasil, jamais proporia isso. Dessa forma, a Escola daquele praticante perde a credibilidade e passa a pedir benção aos homens das entidades de administração daquela modalidade marcial. Que beleza!!! Veja se tem cabimento?
O deputado Walter Feldman vai além. O sujeito para ensinar tem de passar por um curso de formação de dois anos promovido por instituição de ensino de renome. Olha a grana sendo tirada do bolso do pobre do professor.
De acordo com o que propôs o deputado Roberto Santiago, a certificação de faixa preta seria dada por organizações estaduais e a entidade federal. O mestre original do praticante que vá catar coquinho em outro lugar. Uma excrescência.
Ou seja, querem criar um Conselho novo, paralelo ao Conselho Federal de Educação Física - CONFEF -, porém, utilizando-o para realizar cursos de formação. Uma beleza...não é verdade? Todo mundo sai ganhando. Menos o pobre do professor de artes marciais.
Mas o MONSTRENGO quer ir além. O sujeito, além de precisar receber o aval das entidades, terá de ser formado em educação física e no capítulo que tange aos exames de faixa, o professor deve manter as entidades informadas. Além disso, o examinador precisa possuir cursos básicos de anatomia humana e primeiros socorros. O exame de graduação deve, pasmem, privilegiar a “formação humanística, o caráter e o espírito de cidadania, de sociabilidade e de solidariedade e saúde física e o equilíbrio psíquico dos praticantes”.


Os professores de artes marciais precisam se mobilizar para impedir este absurdo. Estão criando uma arapuca e muitos vão perder e poucos vão ganhar muito!!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Brasil sai do México com saldo positivo na luta e no Poomsae

Foto: Equipe brasileira de Poomsae, comandada pelo meste Evandro César (esquerda) - foto retirada do perfil do mestre Evandro César


Depois de uma participação ruim do Grand Prix de Astana, no Cazaquistão, há duas semanas, o Brasil consegue uma boa colocação no Campeonato Pan-americano de Taekwondo, realizado entre os dias 12 e 14 de Setembro, em Aguascalientes no México e fica na terceira posição. 
Foram duas medalhas de Ouro (Guilherme Félix, acima de 87 Kg e Iris Tang Sing, até 46 kG); três de prata (Júlia Vasconcelos, até 62 Kg, André Bilia, até 80 Kg e Lucas Ferreira, até 87 Kg) e três de Bronze ( Guilherme Dias, até 58 kg, Josiane Lima, até 57 kg e Ana Carolina Farias, até 67 Kg). Destaque para André Bilia que eliminou o pentacampeão mundial e bi Olímpico Steven Lopez. Foi batido na final por um placar apertado de 8x7.
O México foi o grande Campeão com seis medalhas de Ouro, três de Prata e quatro de bronze.
O próximo compromisso dos atletas brasileiros será a terceira etapa do Grand Prix, em Manchester, Inglaterra, na última semana de Outubro.

melhor ainda foi a participação dos atletas de poomsae do Brasil no também Campeonato Pan-americano da categoria, na mesma cidade mexicana.  Márcio Lousada, Manoela Pontual levaram duas medalhas de Ouro, cada um, no individual  e na Dupla. Renato Ribeiro também levou a medalha de Ouro no individual e Moyses Takanohashi ficou com a medalha de prata na categoria acima de 65 anos. O mestre Evandro Cesar, do Rio de Janeiro, foi o técnico da equipe.


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Lutadores altos formam a nova elite do taekwondo mundial

Marcus Rezende


Tem sido generalizada a opinião de que atualmente o taekwondo competitivo passou a ser um esporte para atletas altos. Entre tantos fatores que também me fazem cada vez mais acreditar nessa tese estão o controle da distância, os movimentos de primeiro tempo com a perna da frente e, obviamente, os resultados das principais competições internacionais dos últimos anos.
Trata-se de um taekwondo desenvolvido em altíssimo nível por atletas que chegam a mais de 1:80 cm de altura e que não ultrapassam os 58 quilos de peso. Tudo adicionado às técnicas de uso dos coletes eletrônicos.
Estes gigantes magrelos facilmente atingem tronco e cabeça de atletas mais baixo, cujos destinos nas competições de alto nível têm sido sucumbirem quase sempre em meio a escoras e a boa manutenção da distância. Porém, isso não significa dizer que eles não possam ser atingidos.
Quem poderia imaginar, por exemplo, na década de 1980, que um peso pesado de boxe com 1,80 de altura fosse se tornar o maior fenômeno de todos os tempos. Estou me referindo a Mike Tyson, que de forma avassaladora, aos 18 anos de idade, passou a derrubar todos os oponentes que se punham à frente dele. Ele pendulava ofensivamente para cima de seus adversários, fugia dos jabs e, a curta distância, despejava em altíssima velocidade golpes que, no mais das vezes, vinha de baixo para cima e atingiam o queixo dos oponentes.
No Taekwondo, no entanto, um atleta baixo, que queira vencer adversários altos e talentosos, vai precisar subverter todo o conceito de treinamento e aprimorar, por exemplo, os giros na intenção de furar os bloqueios defensivos, tais como o da perna erguida à frente, e, dessa forma, tentar atingir o rosto destes varapaus. Isso porque a cada êxito de um chute demolidor, visando o queixo ou a cabeça, se não conquistar o nocaute, no mínimo, compensará o esforço com 4 pontos.
Sendo assim, na programação de treinamento destes atletas mais baixos, seria preciso que atentassem os treinadores e atletas para o quanto perdem de tempo treinando técnicas que não vão conseguir utilizar frente a tais oponentes.
E da forma que estão configuradas as regras, o taekwondo enquanto esporte de alto rendimento continuará a beneficiar os atletas mais altos. Portanto, tal situação pode nos levar a inferir não valer mais a pena (enquanto professor, mestre ou treinador profissional) iludir atletas baixos e dizer a eles que estão em condições de igualdade com os mais altos na busca de títulos mundiais ou olímpicos. A tarefa é muito árdua aos menos dotados de altura. É preciso que se use da honestidade com estes praticantes, para que não se frustrem.
Os treinadores brasileiros, por sua vez, precisam ser mais criteriosos e trabalhar com a realidade atual, para não perderem o próprio tempo e o do praticante.

Portanto, nesta toada, podemos chegar a conclusão de que o taekwondo competitivo está mais excludente do que antes. Ele vem servindo a poucos. Dessa forma, vale mais a pena investir em um trabalho marcial do que competitivo. Aos baixinhos que, mesmo assim, se convencerem de que dá pra insistir no sonho de se tornarem campeões internacionais, seja um demolidor.  

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Abafa o caso

Marcus Rezende


Findada a segunda série do Grand Prix de Taekwondo que ocorreu em Astana, no Cazaquistão, entre 29 e 31 de Agosto, o saldo para os oito brasileiros presentes ao evento (Márcio Wenceslau, Guilherme Dias, Diogo Silva, Guilherme Félix, Hellorayne Paiva, Henrique Precioso, Iris Tang Sing e Júlia Vasconcelos) não foi bom, pois somente Márcio foi à segunda luta. Os demais sucumbiram logo no primeiro combate.
Como se não bastasse, pra piorar, a CBTKD faz silêncio sobre o fato de três destes atletas não terem lutado. Fomos em busca das informações e verificamos que o mais bem posicionado no ranking mundial, o brasiliense Guilherme Dias (da categoria até 58 Kg), que enfrentaria o chinês Huang Cheng Ching, aparece na chave derrotado por desistência.
Fato estranho que mereceria da entidade uma notícia a todos os torcedores brasileiros. Fomos então em busca delas fora do país, pois por aqui a omissão das informações tornou-se prática comum no mundo da Nova CBTKD. E o que soubemos extraoficialmente é que Guilherme Dias não teria passado na pesagem e que Diogo Silva (que enfrentaria o belga Jaouad Achab) não teria lutado por conta de uma lesão.
Porém, o mais absurdo foi o que aconteceu com a atleta peso pesado, Hellorayne Paiva, cujo nome simplesmente não constava na relação dos convidados a lutar em Astana. Ou seja, a atleta nem deveria ter viajado. De quem foi o erro? Da CBTKD que teria prestado informações equivocadas à atleta? Ou da atleta carioca que, mesmo na 63ª do ranking olímpico, não procurou antecipadamente saber se poderia lutar nesta segunda série?
Se forem verdadeiros os fatos, estaremos diante de algo inteiramente inaceitável, já que as despesas dos atletas foram custeadas com recursos da Petrobrás e da Lei Piva. Cabem ao COB e à empresa pública cobrarem informações a respeito do que realmente ocorreu com estes atletas.
Sobre esta competição, uma das mais importantes do calendário internacional, a CBTKD só noticiou a chegada da delegação ao Cazaquistão.
Depois, só silêncio.