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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Verdade sobre luta de Douglas Marcelino no Mundial de Taekwondo

Marcus Rezende

No dia 19 de Julho acompanhava pela internet o Mundial de Taekwondo (que ocorreu em Puebla, no México, entre 15 e 21 de Julho) e ao mesmo tempo publicava informações do que ocorria no evento, até mesmo para estimular que outras pessoas também assistissem. Eis senão quando, por meio da conversa privada do facebook, uma pessoa muito bem relacionada ao atleta da Seleção Brasileira, até 87 Kg, Douglas Marcelino, me passa a informação de que Douglas teria acabado de ser nocauteado em sua segunda luta e que a delegação brasileira não teria levado médico e que ele fora atendido por uma massoterapeuta. Em seguida, pediu que seu nome não fosse revelado. Sem problemas, levando-se em conta a credibilidade que a fonte lhe transmite.
Daí, eu publiquei a seguinte informação pelo Facebook: MUNDIAL DE TAEKWONDO: INFORMAÇÕES DE UMA FONTE QUE PEDIU ANONIMATO DÃO CONTA DE QUE O BRASIL NÃO LEVOU MÉDICO PARA ACOMPANHAR A SELEÇÃO BRASILEIRA; EM SEU LUGAR FOI UMA MASSOTERAPEUTA. O ATLETA DOUGLAS MARCELINO FOI NOCAUTEADO EM SUA SEGUNDA LUTA E NÃO HAVIA MÉDICO BRASILEIRO PARA ACOMPANHÁ-LO.
A informação acima gerou diversas interpretações por parte dos que interagiam comigo e acabou chegando à imprensa. De minha parte, somente me restringi ao que expus  acima, apesar de a fonte ter me passado muito mais informações.
Resolvi escrever este texto depois que assisti a um vídeo produzido pelo mestre Marcos Roberto, do Taekwondo Notícias, com uma entrevista do atleta que se mostrava aborrecido com o que fora publicado na imprensa a respeito do que ocorrera de verdade e que fora ensejada pela minha publicação no Facebook e que segundo o atleta foi “totalmente contrário do que aconteceu”.
De minha parte, vamos ponto por ponto:
INFORMAÇÕES DE UMA FONTE QUE PEDIU ANONIMATO DÃO CONTA DE QUE O BRASIL NÃO LEVOU MÉDICO PARA ACOMPANHAR A SELEÇÃO BRASILEIRA. Perfeita a informação. Realmente não levaram. Foi confirmada pelo atleta na entrevista.
EM SEU LUGAR FOI UMA MASSOTERAPEUTA. Na verdade era uma fisioterapeuta.
O ATLETA DOUGLAS MARCELINO FOI NOCAUTEADO EM SUA SEGUNDA LUTA. A palavra nocaute realmente é muito forte. Normalmente imagina-se o sujeito estatelado no chão. Porém, o nocaute não se dá somente desta forma. Na verdade, ele sofreu um chute no rosto; a luta foi paralisada e o médico da competição decidiu por desclassificá-lo, o que, neste caso, define a vitória do oponente por Nocaute Técnico.
NÃO HAVIA MÉDICO BRASILEIRO PARA ACOMPANHÁ-LO. Triste verdade.

O mais curioso é que o atleta acabou revelando o que eu considero realmente grave. Ele diz na entrevista que estava se sentindo bem e que poderia voltar ao combate (e o vídeo da luta mostra realmente isso). Segundo ele, o médico da organização que o atendeu considerou que estivesse com o nariz fraturado e assim não envidou esforços para estancar o sangramento. O Árbitro Central, então, após o tempo médico de um minuto, foi informado de que o atleta brasileiro não poderia mais voltar ao combate. Daí, como autoridade máxima da contenda, considerou o atleta centro africano vencedor por nocaute técnico.
Ou seja, se o Brasil estivesse com o seu próprio médico, o brasileiro teria retornado à luta. Perceberam a gravidade? Esse fato, sim, é o mais relevante de toda esta história. Douglas Marcelino foi prejudicado pela própria entidade. E isso, no fundo no fundo, é o mais revoltante, o mais relevante e o mais grave.
É bom que se ressalte: o publicado não foi “totalmente contrário do que aconteceu”, como disse o atleta. E outra: a expressão:“Não aconteceu nada do que foi veiculado nos meios de comunicação” acaba dando uma ideia diferente do que ocorreu, pois o certo seria dizer: Não aconteceu exatamente como foi divulgado. 
Porém, apesar de algumas imprecisões nas informações, se o fato não ocorresse, talvez não ficássemos sabendo que a delegação brasileira viajara à competição mais importante do calendário internacional sem um médico .