Páginas

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Convite para uma reflexão

Mestre Marcelino Barros



Reforço o que diz o mestre Marcus Rezende sobre os sérios problemas que vive o taekwondo brasileiro. Talvez para aqueles que fazem parte da gestão "NOVA CBTKD" as coisas estão no caminho certo. Mas é claro e notório que isso não é a verdade. Se continuarmos neste caminho, penso que a qualquer momento podemos perder parte dos investimentos que o taekwondo recebe, a saber, conquistada na gestão Jung Roul Kim baseada em resultados da gestão anterior, da qual com muito orgulho fiz parte. Na minha opinião é a pior gestão administrativa e técnica de toda história do taekwondo brasileiro. Não podemos falar que é por falta de recursos financeiros ou de parcerias. Acredito que seja mais por falta de competência, conhecimento, comprometimento, objetivos claros e por falta de liderança; falta de um líder competente que tenha um projeto que atenda a todos seus filiados e não a um grupo. O que vejo, são paraquedistas e aventureiros, que apareceram do nada, aproveitando o momento e as oportunidades, fazendo “mágicas” e com discurso pronto tentando conquistar os mais ignorantes e desinformados. A prova da falta de planejamento é vista por todos. Talvez não seja questionada, por conta da instalação da “política do terror”, que gera medo nos presidentes das Federações. O presidente em exercício e seu grupo já deixaram a marca desta "política do terror", desfiliando alguns de seus filiados, Federações. Em seguida, foi a vez dos mestres Marcus Rezende e Jair Queiroz, que estão sendo perseguidos por criticar a má gestão da CBTKD.
Reflexão: Um fato histórico (Caçador de Marajás), discurso de Fernando Collor de Melo, quando candidato de Alagoas à Presidência da República Federativa do Brasil, Collor foi a atenção da época. Um presidente que gostava de esportes, falava sem medo que seu governo seria contra a corrupção e os corruptos, ficou no poder por 2 (dois) anos. Por quê? "Foi denunciado e condenado pelo povo por corrupção". A partir das denúncias, formou-se um movimento popular dos caras pintadas, que foram às ruas pedir o impeachment do nosso então presidente. Pressionada pelas manifestações públicas, a Câmara autorizou a abertura do processo de impeachment por 441 votos a 38. Houve uma abstenção e 23 deputados. Em 2 de outubro de 1992, Collor foi afastado temporariamente da presidência. Com certeza, este movimento popular foi tomando força, ganhando proporção, e acabou sendo o grande
responsável pela queda do nosso presidente. Quem sabe não está na hora das pessoas que amam nosso esporte, atletas, técnicos, mestres, os presidentes estaduais, e até mesmo os apaixonados pela arte marcial e esporte olímpico taekwondo, fazerem valer os seus direitos e dar um basta. Não podemos mais aceitar isso! É o retrocesso que vem sofrendo a nossa modalidade e a nossa entidade maior.

Marcelino Soares de Barros é vice-presidente da Federação de Taekwondo de Minas Gerais. Mestre 6º dan, atuou como vice-presidente técnico da CBTKD entre os anos de 2003 e 2008

As opiniões expostas são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente às do articulador deste blog