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domingo, 27 de novembro de 2011

Seleções para o ano todo também com os Juniores do Brasil

Marcus Rezende


Ao que parece, teremos mais um ano perdido para o taekwondo brasileiro, em vista do que foi divulgado pelo departamento técnico para as categorias Adulto e Junior. Além das mesmas fórmulas de escolha dos atletas, a cidade olímpica, o Rio de Janeiro, só terá um evento, pois o Open Cidade Maravilhosa, provavelmente não deve ocorrer mais uma vez. Pode ser que eu esteja errado. Mas acho que só acontece se a CBTKD entrar com a grana.



O esquema para a Seleção Adulta continua o mesmo, ou seja, com a velha fórmula que vai continuar trazendo as mesmas frustrações, tanto para atletas, quanto para os componentes diretores. Mas pra que mudar o que já está ruim, não é verdade?



No aspecto das categorias Junior, aí a coisa desanda mesmo. A CBTKD vai definir uma seleção brasileira já no início do ano que vem, sem levar em conta as mudanças fisiológicas de jovens entre 14 e 17 anos. Eu venho falando isso há muito tempo. Inclusive tive oportunidade de expor o que penso ao presidente da CBTKD em Maio deste ano. Disse a ele que não se pode tratar garotos em plena fase de desenvolvimento como adultos.



A escolha de uma seleção de garotos, logo no início de 2012, utilizando os ranqueados de 2011 não faz o menor sentido. Faria, sim, se esta seletiva fosse para definir quem receberia apoio financeiro para se desenvolver, independentemente da categoria que estivessem no momento. Aí, sim, eu aplaudiria. Mas definir precocemente em que peso cada um deles terá de lutar no decorrer do ano, e ainda fechar as portas da casa aos demais garotos brasileiros até o ano seguinte, é uma insensatez. Ou seja, o praticante Junior que quiser uma chance em 2013, que vença em 2012 e que, por favor, mantenha-se fisiologicamente da mesma forma, pois talvez precise se manter com a mesma estrutura física por dois anos: no ano em que luta pela chance da seletiva final e no seguinte, quando estará dentro da seleção.



Vou repetir, para esta categoria, as seletivas também precisam ser próximas às datas das competições internacionais. Devem ser abertas a todos os praticantes brasileiros. Às vezes, na simplicidade se atinge a eficácia.



Continuo a afirmar, ainda há tempo de mudar.