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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Novo golpe pode selar o começo do fim do taekwondo brasileiro

Marcus Rezende

Nessa sexta-feira, dia 24 de abril, representando a Federação do Estado do Rio de Janeiro, participei da Assembléia que elegeu Yeo Jun Kim vice-presidente da CBTKD. O ex-presidente da Federação de São Paulo teve 17 votos contra 11 de seu oponente, Carlos Fernandes.
Quando li no site TKD Livre desta semana que Yeo Jin, mesmo sendo inimigo do irmão, se empenharia em elege-lo, aliado ao que vi, percebi que alguma coisa estava errada e que mais uma vez o site que discute os bastidores do taekwondo brasileiro tinha acertado na mosca.
Quando cheguei à Assembléia, de pronto verifiquei que tudo estava armado para um novo golpe, o qual já se anunciava pela manhã, quando dois presidentes (que até o dia anterior prometera apoiar Carlos) mudaram o voto e passaram as devidas procurações estaduais ao concorrente. Eram os presidentes do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Mesmo assim, sem esses dois votos, o presidente do Rio tinha a promessa do apoio de federações ligadas a Yong Min Kim, como as de Pernambuco e a do Amazonas e ainda à crença de que Yeo Jin honraria com a PALAVRA quanto aos quatro votos da LIGA. Tais promessas somadas as 11 procurações confiadas a Carlos Fernandes, daria a ele 17 votos. Mas não foi o que aconteceu. Tais votos foram consagrados para o outro lado. A desculpa de Yeo Jin, para não honrar com a palavra empenhada, foi a de que Carlos Fernandes havia, momentos antes da eleição, defendido o voto de Fábio Ronin (pelo Ceará) em vez de aceitar que quem votasse fosse um representante ligado a Yeo Jin. Ora, se o voto de um ou de outro seria para a mesma pessoa, não havia porque se importar com tal discussão, alegou o presidente da federação do Rio.
Homologado como vice-presidente, Yeo Jun pediu a palavra para solicitar que os presentes votassem pela marcação de uma nova Assembléia na qual entre os assuntos da Ordem do Dia estivesse a destituição do Presidente Jung Roul Kim. Daí por diante não tive mais estômago para continuar presenciando tanta sordidez. Fui embora na certeza de que o taekwondo brasileiro está cada vez mais perdido e em mãos de pessoas sem honra e sem o mínimo de escrúpulos. Pessoas estas que engambelam os incautos e compram os venais, em detrimento de quem está na ponta da cadeia produtiva do taekwondo brasileiro: os professores e mestres.

Um comentário:

ricardohw1 disse...

Lamentável seria uma palavra muito branda para retratar tal fato e narrativa. Órfãos estão os praticantes que igonoram o caráter e o procedimento vil dos presidentes de suas respectivas federações. Há muito que praticantes e atletas, são usados como massa de manobra, onde cercear conhecimento e distorcer fatos, fazem com que aqueles sem honra, sem moral, sem caráter - alguns dos stuais "mestres" e "grãos mestres" brasileiros. Pessoas sem a mínima noção do significado dos citados títulos e muito menos do que é ser íntegro. Prá encerrar, deixo uma frase que bem se aplica à situação: "A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se você tiver de passar sem um, que seja estratégia".